Esse era um tema para o dia 20/11, Dia Nacional da Consciência Negra, mas como ontem, na lista do Yahoo Alô Bairro Demétria, surgiu um e-mail em que esse assunto das cotas foi abordado de forma irônica, resolvi publicá-lo antecipadamente como contraponto ao e-mail, para reflexão no bairro.O quadrinho menor no canto à direita é a expressão clara do tipo de memória social com que nos deparamos diariamente.
Sabe Eduarda, com todo respeito, não creio que o sistema de cotas e o quadrinho tenham alguma coisa em comum. Esse sentimento que você menciona como memória social não é apenas com relação ao negro, mas também ao índigena e a todo cidadão menos favorecido. O que eu sinto com respeito ao sistema de cotas é que ele deveria ser dado a todos os brasileiros pobres e não aos negros. Há negros ricos e classe média e daí, o que fazer com eles... Creio que o presidente Lula não visitou o interior de São Paulo, Vale do Ribeira. Aí estão inúmeros descendentes de indígenas e italianos pobres de marré. Meus primos nasceram e cresceram lá e nunca foram à universidade. Aliás, na minha família apenas eu e o meu irmão fomos á universidade pública. Os demais todos fizeram empréstimos, filiaram-se a igrejas etc para poderem estudar nas particulares que na época eram de péssima qualidade. A maioria não estudou. Todos são brancos. Pra mim, o sistema de cotas é injusto.
ResponderExcluirPROMOVER OS DIREITOS
ResponderExcluirHUMANOS NO BRASIL
SIGNIFICA DAR PRIORIDADE
À EFETIVA INCLUSÃO SOCIAL
DOS AFRODESCENDENTES, POIS O
SISTEMA DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO
BRASIL, MAIS EFICAZ QUE O APARTHEID
SUL-AFRICANO, CONSTRUIU UM RACISMO
QUE SETORES PODEROSOS INSISTEM
EM NEGAR E IGNORAR SOLENEMENTE,
ASSIM IMPEDINDO A BUSCA DE EFETIVAS
SOLUÇÕES.”
ABDIAS NASCIMENTO,
INSTITUIDOR DO FUNDO BRASIL