31 de janeiro de 2011

Justiça autoriza família a educar filhos em casa

Reportagem de Fernanda Bassette
(publicada no Estado de São Paulo - VIDA - 29.01.2011 e aqui )
Uma família de Maringá, no interior do Paraná, tirou os filhos da escola e os educa em casa com aval da Justiça. Com apoio do Ministério Público, os pais conseguiram convencer o juiz da Vara da Infância e Juventude de que a educação domiciliar é possível e, teoricamente, não traz prejuízos.

Ao contrário deles, conforme o Estado noticiou ontem, uma família de Serra Negra, que também tirou os filhos da escola, ainda tenta provar ao Judiciário que tem condições de educá-los em casa. Em Minas, isso não foi possível e um casal foi condenado pelo crime de abandono intelectual - no Brasil, a legislação determina que as crianças sejam matriculadas em escola de ensino regular.

Apesar de não existir uma decisão formal do magistrado a respeito do assunto, as crianças são oficialmente avaliadas pelo Núcleo Regional de Educação de Maringá a pedido da Justiça.

O núcleo, vinculado à Secretaria de Educação, elabora e aplica às crianças provas de português, matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física. Eles também passam por uma análise psicossocial.

Após cumprir essa etapa, o núcleo elabora um relatório e o encaminha ao Judiciário, dizendo se as crianças têm ou não condição intelectual para cursar determinada série. Há três anos é assim e o juiz nunca se opôs aos resultados apresentados.

"Os pais conseguiram comprovar que elas têm o conhecimento intelectual necessário, de acordo com as diretrizes curriculares. Essas crianças nunca tiveram dificuldade para resolver as provas. Os resultados demonstram que elas têm aptidão para cursar a série seguinte ", diz Maria Marlene Galhardo Mochi, assistente técnica do núcleo.

Recursos
Segundo Maria Marlene, esse é o único caso de educação domiciliar atendido pelo núcleo de Maringá. "Os pais dessas crianças têm condições, instrução e recursos para educá-las em casa. Como elas ainda estão cursando o ensino fundamental, por enquanto está funcionando. Minha preocupação é quando elas chegarem ao ensino médio, quando as matérias ficam mais complicadas", avalia.

Os irmãos Lucas, de 12 anos, e Julia, de 11, são filhos de pedagogos. O pai é professor da Universidade Estadual de Maringá. Eles foram tirados da escola há quatro anos, após duas tentativas frustradas de tentarem matriculá-los em uma escola regular.

As crianças cursam inglês e matemática fora de casa. As outras disciplinas ficam a cargo dos pais. Também praticam esportes e não podem ver televisão em qualquer horário - só quando os pais autorizam.

Para Luiz Carlos Faria da Silva, pai das crianças, além dos conflitos na educação moral dos filhos, a escola também oferecia conteúdos que ele considerava ruins. Ele reclama, por exemplo, que a escola ensinava arte moderna em vez de arte sacra.

Diz também que o aquecimento global é contraditório. "Só os vulcões lançam mais dióxido de carbono no ar que toda atividade humana", afirma o pai.

Para o educador português José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte (em que não há salas de aula), o juiz teve sensibilidade para entender o caso. "É possível que haja o ensino domiciliar, desde que a escola avalie periodicamente essas crianças. É uma alternativa sábia, já feita em países da Europa há muito tempo."

30 de janeiro de 2011

O valor do brinquedo no cultivo dos sentidos (7º post do ciclo "Fique por dentro da Pedagogia Waldorf")

   
O valor do brinquedo no cultivo dos sentidos 

Por:Pilar Tetilla Manzano Borba(*)


“Tudo que é artificial ilude os sentidos das crianças”

A criança percebe o mundo pelos seus órgãos sensoriais: Tato, Olfato, Gustação, Visão e Audição; pelo sentido do equilíbrio, do movimento, do calor, etc.
O mundo entra nela pelos órgãos dos sentidos. E isso se dá pelo contato com a natureza, pela vivência dos elementos: ar, água, terra e fogo; pelas brincadeiras do dia-a-dia e pelos brinquedos.
Tão importante como a brincadeira o brinquedo  em si tem sua atuação: - o material de que é feito, as formas, as cores, a proporção, o volume, a superfície, o peso, etc.
Enquanto a criança vivencia os quatro elementos ela também adquire a noção de duro-mole, pesado-leve, quente-frio, alto-baixo, grande-pequeno, e assim vai se situando no mundo e fazendo uso do que o mundo proporciona.
A atividade do brincar exige um esforço interior de expressão do EU, denominado IMAGINAÇAO. Essa imaginação precisa ser alimentada, precisa ter ambiente adequado. Os brinquedos prontos não dão “asas” à imaginação.

A PERCEPÇÃO VISUAL

A criança observa atentamente o mundo animal, vegetal, mineral e humano  com muita curiosidade.
O sentido da visão é constantemente atacado por cores fortes, berrantes, por gravuras agressivas, caricaturas de animais e pessoas. Além de ser um ataque ao sentido da visão, é também uma afronta ao sentido da beleza.
Os brinquedos ou materiais usados pelas crianças devem ter cores claras, nítidas e se possível sem tonalidades mistas.
Os brinquedos de madeira de preferência na sua cor natural. Quando pintados a cor deve ser firme, não tóxica e lavável.

A PERCEPÇÃO DA FORMA

O brinquedo quanto ao tamanho deve caber na mão da criança.
A criança  deve poder segurar o brinquedo com firmeza.
Pontas e quinas devem ser arredondadas.
A pessoa, coisa ou animal que o brinquedo representa deve ser facilmente reconhecível.
Detalhes em demasia confundem e não permitem que a fantasia da criança atue.
Evitar brinquedos com formas humanas irreais e animais com várias cabeças. Os pais devem procurar usar o bom senso.

O TAMANHO

O tamanho do brinquedo deve ser proporcional ao tamanho da criança. As bonecas devem caber em seus braços pois ela representa a(o) filha(o). Não tem sentido a boneca ser maior do que a criança.
Quanto aos blocos de madeira devem ser maiores para as crianças pequenas para facilitar o manuseio e para as crianças maiores eles já podem ter tamanhos menores. Evitar peças que podem ser engolidas.

A PERCEPÇÃO AUDITIVA

Os sons necessitam ser suaves e melódicos. Dê preferência à voz humana e carinhosa.
Procurar evitar os ruídos eletrônicos que destroem a sensibilidade auditiva causando inclusive surdez.
Observar o ruído do vento, o som das ondas do mar, o canto dos pássaros, a voz dos animais, o som das sementes dentro das vagens, do balanceio dos galhos das árvores, etc.

A PERCEPÇÃO TÁTIL

O tato deve ser educado principalmente pela roupa que a criança veste.
Roupas de algodão, lã ou até seda permitem que a pele respire ao contrário dos tecidos sintéticos.
Os brinquedos também atuam no tato da criança. Os de plástico são muito frios, de matéria morta; já os de madeira são quentes, provém de matéria viva. Os de lã natural atuam também beneficamente assim como os de pano de algodão.
A sucata deve ser cuidadosamente escolhida pois a maioria não passa de lixo.
Para o sentido do tato é essencial que a criança tenha contato com os quatro elementos da natureza (ar, água, terra e fogo) através das brincadeiras com água, barro, areia; dos diferentes materiais dos brinquedos (madeira, bambu, cascas de cocos, cabaças, sementes, conchas, sisal, algodão, lã de carneiro, tecidos de algodão, etc).
A facilidade de agarrar o brinquedo e o ‘calor’ da superfície é importante para o desenvolvimento da percepção tátil. Também é necessário que a criança brinque no chão em contato com o calor do solo se arrastando, rolando, pulando para sentir seu limite corporal através do sentido do tato.
Evitar brinquedos que não condiz com a realidade como por exemplo carros de plástico que se afundam e ferramentas que  entortam.

A PERCEPÇÃO OLFATIVA

O olfato da criança deve ser educado com os cheiros naturais como o perfume das flores, o cheiro da comida, da terra molhada pela chuva, etc.
Evitar cheiros fortes de material de limpeza e de essências que acabam por irritar a criança deixando-a incomodada e inquieta.

A VERSATILIDADE

A criança deve descobrir por si as várias possibilidades que o brinquedo oferece.
Dependendo da idade da criança um brinquedo pode ter vários usos.
A criança deve ter plena liberdade para usar sua imaginação enquanto brinca.
Quanto mais simples for o brinquedo mais possibilidade terá para estimular a criança a inventar novas brincadeiras. Blocos de madeira são excelentes para esse fim.
A bola é o brinquedo primordial devido a sua forma redonda. Quanto mais a criança brinca com ela mais desenvolve seus sentidos. A bola estimula o tato, a coordenação motora, a visão, o equilíbrio, a noção espacial e temporal.
Os panos alimentam a fantasia da criança ao construir cabanas, capas, forrando o chão da casinha, embrulhando bonecas, fazendo o rio, etc.
Um  pedaço de pau pode ser um cavalo, uma espada, uma colher, uma faca, uma pá, etc.
Caixas de madeira ou de papelão podem servir de armário, de cada, de mesa, pode ser um carro, um barco, um forno, uma cama, etc.
Procurar dar sempre um brinquedo que estimule uma ação como: empurrar, puxar, empilhar, enfileirar, encaixar, separar, comparar, agrupar etc.
O mesmo brinquedo pode já conter vários valores como o da sensação, da percepção e da função.

A DURABILIDADE

 Um bom brinquedo deve durar bastante tempo. Não guardando-o mas sendo usado incansavelmente pela criança.
O brinquedo é tanto mais durável quanto melhor for a qualidade de seu material.
Dependendo da fase da criança ela o usa de um modo diferente.
Evitar brinquedos que desmontem inteirinho quando as crianças ainda são pequenas pois elas devem primeiro vivenciar o todo para depois juntas as partes.
Quebra cabeças não são adequados para crianças pequenas salvo aqueles em que as peças são grandes e as figuras saem por inteiras e não partidas.
Os brinquedos devem facilitar a criança a imitar situações rotineiras.

CLASSIFICAÇÃO DOS BRINQUEDOS

Brinquedos de ocasião
São aqueles  que a criança brinca algumas vezes, em determinadas fases de seu desenvolvimento e depois os deixa. São divididos em três grupos:
- Brinquedos encontrados na natureza: areia, terra, água, pedrinhas, sementes, troncos, galhos, folhas, bagas e flores.
- Brinquedos que a criança acha dentro de casa: cestos de papéis, gavetas da cozinha, do quarto, do escritório; panelas e tampas, colheres, latas, caixas, panos, que também são chamados brinquedos de todos os dias.
- Brinquedos confeccionados pelas mães e/ou pelos pais: máscaras, pipas, fantasias, recortes, dobraduras, casinhas feitas com caixas de fósforo ou de sapatos, carrinhos de tocos,  cavalinhos de cabos de vassoura, bolas de meia, tricô ou crochê, bichinhos de tricô, pompons, etc
- Brinquedos duráveis: são aqueles que se tornam bens valiosos da criança ao longo dos anos: cubos de madeira, blocos de madeira, carrinhos de madeira, bichinhos de pelúcia, bonecas de pano, cavalinho de pau. Caminha e carrinho de boneca.
- Brinquedos mecânicos: são aqueles em que a própria criança os coloca em ação percebendo seu mecanismo: palhacinho que entra dentro do cone quando puxado pela vareta; boneco que faz pirueta apertando as duas varinhas; anõezinhos que martelam; bonequinho que desce a rampa dando cambalhotas; patinho que bate as asas quando puxado pela corda ; burrinho que se mexe.Caminhão que bascula.

LUGAR, TEMPO E DESCANSO PARA BRINCAR

A criança necessita de um canto só dela para brincar, onde poderá ficar algumas horas por dia, e onde seus brinquedos poderão ser guardados.
Sem uma razão urgente não se deve interromper uma criança que se encontra entretida na sua brincadeira. É desta forma que ela adquire concentração.
A criança muito pequena necessita ter sua mãe ou uma pessoa de seu convívio sempre por perto para brincar com ela, e também de poder brincar de vez em quando na sala ou noutras dependências da casa.
Como a criança aprende imitando procurar guardar os brinquedos junto com ela e criar o hábito de guardá-los sempre após brincar.
Um dos deveres que temos como adultos que cuidam de crianças é ter calma, paciência e tempo para observá-la e compreendê-la em suas necessidades e características peculiares.

SOBRE MATERIAIS DIDÁTICOS

Material didático é tudo o que traz informações e, a primeira informação didática provém do próprio material de que é feito o brinquedo.
O melhor material ainda é aquele encontrado na natureza: madeira, folhas, vagens com sementes, cabaças, água, terra, areia, pedras, bambu, conchas, sisal,etc
O meio que rodeia a criança durante as horas do dia é material didático que informa, forma e serve para seu desenvolvimento físico, emocional, mental e espiritual.
Devemos proporcionar materiais que tragam um pouco de calor para a criança que se encontra hoje num mundo de plástico. Esses materiais poderiam ser por exemplo papelão, tecidos de algodão, bolas e bonecos recheados com lã de carneiro; feltro, couro, etc.

CONSIDERAÇÕES

Os brinquedos prontos não dão margem à imaginação pois já estão prontos, definidos, limitados. Assim também é com a televisão que substitui essa atividade interna da criança ao brincar.
O mundo moderno quer dar tudo pronto, definido e acabado para a criança porque a encara como adulto em miniatura. CRIANÇA NÃO É ADULTO.
Na idade entre dois e três anos a criança destrói antes de construir do mesmo modo que compreende antes de falar. Nesta fase também não se detém por muito tempo numa mesma brincadeira e não empresta nem divide seus brinquedos e embora brinque ao lado de outras crianças ainda não interage totalmente com elas.
Nos primeiros sete anos da criança mais importante que os brinquedos são as brincadeiras com o corpo: - no colo dos pais, serra-serra serrador.  No balanço na rede e  no balanço, o gira-gira, o trepa-trepa, a bola grande, a corrida livre,  brincadeira na água, etc.
Evitar brinquedos nocivos que induzem à violência como armas, carros de guerra, bonecos de guerra; brinquedos eletrônicos que levam a criança à inércia e à apatia.
 Diante de um brinquedo devemos fazer a pergunta: ele move internamente a criança e a faz agir sobre ele ou a criança é uma mera espectadora?

Fonte: Catálogo SPELENDER, Nijmegem, Suíça, 1970

*Pilar Tetilla Manzano Borba
Graduada em Terapia Ocupacional pela Faculdade de Medicina da USP
Especializada em Tratamento Neuroevolutivo - Método Bobath -
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde pela UNISO
Formada em Recursos Especiais em Pedagogia Waldorf - Método Extra-Lesson
Ministra cursos para berçaristas, materneiras e educadores em escolas de educação infantil.
Consultora em educação infantil de escolas Waldorf, escolas municipais e particulares.
Ministra aulas nos seminários de formação de professores em Pedagogia Waldorf sobre a criança de primeiro setênio.


Via Láctea!

Colaboração de Jane, moradora do Alvorada.

Foto de Tafreshi


Via  Láctea
             
Céu luzente como uma chuva de prata.
Chão florindo, emergindo toda a energia terra.
Que mais posso desejar?
Com  toda essa beleza a me falar?
Sentir o respirar Cósmico,
Que exala através   das plantas,
Retornando como um reflexo
De mil luzes a brilhar.
Assim são as noites em Botucatu,
Onde posso vivenciar,
Todo esse caminho de luz no céu,
Cruzando o meu lar.

    Jane 

29 de janeiro de 2011

GALINHA E PINTINHO ( 4° Post da série " Encantos da natureza " )


GALINHA E PINTINHO
O pintinho recém nascido, alheio a tudo,  mal sabe que a mãe dedicada vigia e protege com ar galináceo seus primeiros instantes de vida...
 
Fotografia : Kasia Gomes
Texto : Renato Gomes
 
 

A Criança e o movimento (6º post do ciclo "Fique por dentro da Pedagogia Waldorf")


A Criança e o Movimento


Por:Pilar Tetilla Manzano Borba (*)

Criança é sinônimo de movimento.
Observe uma criança livre num parque infantil e verá que ela não pára quieta por muito tempo num só brinquedo ou brincadeira. Ela vai do balanço ao gira-gira, do escorregador ao trepa-trepa, do tanque de areia ao tronco da árvore e procurará escalá-la se ninguém a impedir.
Porque é tão difícil para os adultos e principalmente para os educadores infantis compreenderem que movimentar-se é tudo o que a criança necessita? Pois exercitar seu corpo nos mais diversos movimentos ajuda-a a se conhecer, a obter coordenação motora, a orientar-se no espaço circundante, a ter noção de limite, a adquirir habilidades, e muito mais. Habilidades motoras que mais tarde se desenvolverão em habilidades cognitivas e sociais.
Parem uma criança muito cedo na infância e com certeza terão crianças que não conseguirão permanecer quietas em sala de aula, recebendo rótulos de indisciplinada, desatenta e com falta de concentração. Dêem atividades de coordenação motora fina antes do tempo e terão crianças com problemas na aprendizagem da escrita e da leitura.
Impediríamos muitas dificuldades de aprendizagem se deixássemos as crianças serem crianças e brincarem livremente por muito mais tempo. Se não precisássemos de tanta movimentação na infância já nasceríamos adultos conscientes e controlados.
“INFÂNCIA SÓ SE TEM UMA. TIRE A INFÂNCIA DA CRIANÇA E ELA A TERÁ PERDIDO PARA SEMPRE” .

(*) Terapeuta Ocupacional
Pedagoga Waldorf
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde pela UNISO
Professora no curso de fundamentação em pedagogia Waldorf
Orienta berçários, creches, maternais e jardins de infância
pilarborba@gmail.com

IMAGE:
© Alexandra Day/CORBIS

28 de janeiro de 2011

Escola de Pais (5º post do ciclo "Fique por dentro da Pedagogia Waldorf")


Escola de Pais

Por: Pilar Tetilla Manzano Borba(*)

Tive a felicidade de nascer numa família grande. Em casa sempre havia muitas pessoas, muitos hóspedes, muitos tios, primos, padrinhos, avós, amigos. Dormir na sala já era hábito a fim de ceder nosso quarto aos hóspedes.
Ser criada num ambiente tão populoso me proporcionou a convivência com mais velhos e mais novos, me trouxe muitas experiências, entre elas: esperar a vez, ceder, disputar espaço, dividir, ter frustração, raiva, alegria, agradecimento e muitas outras. Hoje nas famílias pequenas essas vivências não são mais favorecidas e temos quase sempre filhos únicos nas salas de aula.
Hoje, por inúmeras razões, as famílias já não são grandes. Os lares já não hospedam tantas pessoas. Os tios, padrinhos e avós já não se frequentam tanto e as trocas de como educar os filhos já não se realiza. Transferiu-se para as escolas tarefas e responsabilidades que antes eram da família.
Portanto uma ESCOLA de PAIS se faz urgente. E, é aqui que me sinto em casa: quando tenho a oportunidade de orientar pais e professores e passar toda minha experiência como membro de uma família grande, como terapeuta de crianças, adolescentes e adultos, como mãe de cinco filhos (dois enteados), tia de vinte sobrinhos, e mais de vinte sobrinhos netos, professora universitária e colaboradora nos seminários de formação em pedagogia Waldorf.
Desde a faculdade aprendi com uma grande mestra que terapeuta, escola e família necessitam sempre dar as mãos se visamos o bem estar integral da criança. Que terapeutas e professores necessitam ter o conhecimento: - do desenvolvimento infantil em todos os seus aspectos físicos, anímicos e espirituais; - das necessidades das crianças; - de quais são suas fases, suas crises e, sobretudo, como agir em cada situação, pois todo aquele conhecimento ‘intuição’ que nos tempos idos nossos avós nos passavam, hoje necessita ser adquirido através da educação e sobretudo da auto-educação.
Os pais estão necessitados e sedentos por orientação. Sabem pouquíssimo sobre o ser da criança e suas reais necessidades. Agem e compram muitas vezes levados por aquilo que a mídia os induz a comprar sem ao menos questionarem se aquele brinquedo, ou aparato qualquer que acabaram de obter tem sentido para a criança. Com quanto ‘lixo educativo’ nos deparamos hoje!
Mas nem tudo está perdido. Movimentos nacionais e internacionais como por exemplo os da Aliança Pela Infância estão pipocando em prol da salvação da infância e da tão criminosa precocidade escolar. Quanto a esse assunto as escolas Waldorf estão anos luz à frente proporcionando uma infância respeitada às crianças da educação infantil principalmente.
Professores e pais necessitam da convivência freqüente para trocar idéias, estudar, questionar, crescer e amadurecerem juntos. Com toda certeza a criança tanto de hoje como do amanhã agradecerá.

(*)Pilar Tetilla Manzano Borba é terapeuta ocupacional, pós-graduada em Antroposofia na Saúde, trabalha com pacientes neurológicos e orienta iniciativas Waldorf , creches, berçários, maternais e jardins de infância públicos e particulares. Contato: pilarborba@gmail.com

Curso Construindo a Arte da Fala

Curso de Formação

Início: 04 de março de 2011
Local: Escola Aitiara - Bairro Demétria - Botucatu (SP)

Apresentação
Este curso é destinado prioritariamente a educadores e multiplicadores culturais das artes cênicas, professores do Ensino Fundamental, de idiomas e de teatro, artistas, contadores de histórias, atores amadores.
O propósito deste curso é facilitar o entendimento do falar humano segundo a visão antroposófica, capacitando profissionais para atuar pedagogicamente ou artisticamente na arte da fala (ler, declamar poesias e textos dramáticos, contar histórias e trabalhar artisticamente a oralidade em contextos pedagógicos escolares e extra-escolares).

Cronograma:

Módulo I Carnaval 04/03 a 09/03
Móculo II Semana Santa 20/04 a 24/04
Módulo III Corpus Christi 22/06 a 26/06
Módulo IV Férias de julho 04/07 a 09/07

Maiores informações: http://www.bairrodemetria.com.br/artedafala

27 de janeiro de 2011

A Função Biológica do Sono (4º post do ciclo "Fique por Dentro da Pedagogia Waldorf")

A Função Biológica do Sono


Por: Pilar Tetilla Manzano Borba (*)

A função biológica do sono é, entre outras, de reparar, regenerar, revigorar o organismo do desgaste ocorrido durante seu estado de vigília. Estar acordado significa gastar grande parte do sistema neuro-sensorial, responsável pelo uso dos órgãos dos sentidos, por nos movermos e nos equilibrarmos enquanto acordados. Quanto mais usarmos nossa consciência com um pensar somente intelectual, materialista, calculista, mais desvitalizados ficaremos. Porém, se soubermos usar nosso pensar de maneira viva, isto é, com nosso Eu sempre presente e a alma estando ativa nos seus três âmbitos (do agir, do sentir e do pensar), esse estar acordado não se desvitalizar-se-á tanto e à noite ainda teremos um tempinho para a leitura de um bom verso ou de um conto de fadas.
Toda vez que acordamos se inicia o processo de desgaste do corpo físico e vital porque usamos a todo tempo esses corpos, para sentir e perceber e atuar nesse mundo sensorial em que vivemos.
O sono revitaliza o que foi desvitalizado em vigília. Durante o sono o corpo das emoções e o Eu se separam do corpo vital e físico e ‘vão beber na fonte cósmica’ o ‘alimento espiritual’ que dependendo de como foi o trabalho do indivíduo durante sua vigília, será tanto mais profundo e maior quanto melhores foram suas ações, sentimentos e pensamentos. Dessa maneira o corpo astral e o Eu trarão para o dia seguinte ao acordarmos uma boa ‘provisão alimentar’ para mais um dia.
Quanto mais ‘acordados’e conscientes estivermos em nossos atos (ter o Eu presente em todos os momentos, estar centrado), mais profundo e reparador será o sono. Portanto para se dormir bem há de se ter vivido um dia também voltado para o que é essencial e se despojar daquilo que é somente acessório e supérfluo. Entendendo esse bem como viver em consonância com as verdades espirituais, com as leis cósmicas que formaram esse ser humano, e também cultivando a moralidade nos três âmbitos da alma.
Sendo o Homem um ser dos dois mundos (do dia e da noite), é preciso que haja um equilíbrio entre as horas passadas em estado de vigília e as horas passadas em estado de sono e isso depende da idade e da necessidade de cada indivíduo.

(*Graduada em Terapia Ocupacional pela Faculdade de Medicina da USP
Especializada em Tratamento Neuroevolutivo - Método Bobath -
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde pela UNISO
Formada em Recursos Especiais em Pedagogia Waldorf - Método Extra-Lesson
Professora no curso de fundamentação em pedagogia Waldorf
Orienta berçários, creches, maternais e jardins de infância
pilarborba@gmail.com



Foto: do site de busca Flickr
Kit Sleeping in Heaven by Giane Design

Algodão ( 3° Post da série " Encantos da Natureza " )


algo tão

sem pressa e sem dores
caindo com muita calma
como se entregam os amores

pureza de ser
com mil sentimentos
sensíveis ao toque

(como deitar a alma
em branco algodão)

Fotografia : Kasia Gomes
            Local : Belo Horizonte
               Texto : Sabrina Marsigli
                                        

26 de janeiro de 2011

Quem resiste a um poema de amor?

















Não me analise

"Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor."
Mário Quintana
(imagem daqui)

____________________________________________________________________
Eu não resisto.
E certamente aparecerão muitos por aqui.
Contribuições são muito bem-vindas!
(Quem se habilita?)

Galo ( 2° Post da série "Encantos da Natureza" )


GALO
O galo imponente exibe orgulhoso a crista vermelha inchada de vida. Seu poder de macho não deixa a menor dúvida, seu olhar preciso é difícil de sustentar!

Foto: Kasia Gomes
Texto: Renato Gomes

Prontidão para a Alfabetização (3º post do ciclo "Por dentro da Pedagogia Waldorf")


Prontidão para a Alfabetização

Por:Pilar Tetilla Manzano Borba (*)


Quando se fala em prontidão para a alfabetização logo se pensa em leitura e escrita.
Prontidão escolar é muito mais que isso. É perceber sensorialmente formas, é orientar-se no espaço, perceber direções, lateralidade e ter equilíbrio. É orientar-se no ritmo, é saber ouvir, estar atento, ter concentração e sobretudo é conhecer o sentido do que está percebendo; conhecer as palavras, suas relações e seu simbolismo. É poder controlar o corpo, inibir movimentos amplos para usar motricidade fina.
Mas tudo tem seu começo e é desde o ventre materno que a criança adquire a linguagem falada ao ouvir sua mãe. Depois que nasce, as cantigas de ninar, a conversação entre os pais, e com o bebê colaboram para enriquecer seu vocabulário, assim como mais tarde os contos de fadas, tão apreciados pelas crianças ajudam a criança a aprender ouvir, e escutar com atenção.
As brincadeiras de corpo como rolar no chão, se arrastar, engatinhar, cambalhotar, pular, andar, correr, subir e descer escadas, pular corda colaboram para a aquisição da coordenação motora, para o equilíbrio e a percepção corporal de si e sua relação com o espaço circundante. Desta forma a criança vivenciando ativamente as três dimensões no espaço se prepara para a aquisição da escrita e da leitura.
As habilidades motoras finas que o exercício da escrita exige vem muito depois da criança ter usado seu corpo todo nas brincadeiras livres e de parquinho (balanço, escorregador, trepa-trepa, gira-gira, gangorra, terra, areia e água).
Vivemos num mundo onde letras são vistas em todo canto como nos anúncios, nas propagandas, embalagens, roupas, tapetes, cortinas, nos brinquedos e até nos utensílios de cozinha. No entanto a criança só irá escrever, ler e entender quando neurologicamente estiver amadurecida para isso. O caminho é muito longo e requer um amadurecimento também na parte emocional da criança. A entrada na escola exige: aprender a compartilhar a atenção da professora com mais crianças, entender, compreender e aceitar as regras, lidar com frustrações e obrigações, esperar a vez, ter autonomia nas atividades de higiene, vestuário e alimentação, entre tantos outros quesitos que o amadurecimento propicia.


(*)Graduada em Terapia Ocupacional pela Faculdade de Medicina da USP
Especializada em Tratamento Neuroevolutivo - Método Bobath -
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde pela UNISO
Formada em Recursos Especiais em Pedagogia Waldorf - Método Extra-Lesson

25 de janeiro de 2011

Perereca (1º Post da série "Encantos da Natureza")

(Clique na imagem para ampliar)

Pela fresta de olho da rã delicada o mundo lá fora lhe conta  segredos.  De cócoras no galho tem tempo de sobra pra ver e ouvir...  Mas não se engane, se for necessário com salto rápido ela deixa a prosa  pra outro momento ....
Foto: Kasja Gomes
Texto: Renato Gomes

Educação Infantil (2º post do ciclo "Por dentro da Pedagogia Waldorf" )


Educação Infantil
Por:Pilar Tetilla Manzano Borba*


Muitos jardins de infância que seguem os princípios da pedagogia Waldorf estão sendo cada vez mais procurados para receber crianças menores de três anos. Um dos motivos é o respeito e o cuidado como as crianças são acolhidas e educadas nestes jardins, outro motivo é a real necessidade das mães em trabalharem fora de casa.
Tempos atrás não se cogitava abrir berçário e maternal nas escolas Waldorf, pois o cuidado dos pequeninos era reservado ao lar, sob as saias da mãe, da avó, ou de uma babá confiável.
Quais seriam então os requisitos para acolher essa criança tão pequenina no aconchego da escola?
O estudo e a prática da pedagogia Waldorf, fundamentada na antroposofia, tem por princípio compreender as fases do desenvolvimento da criança e do adolescente e respeitar suas necessidades básicas visando promover uma saúde física, anímica, espiritual e moral desde a mais tenra idade.
Nos três primeiros anos a criança confia totalmente em nós, ela está aberta para o mundo, tudo que ocorre em seu ambiente é impresso em seu corpo e em sua alma sem nenhum filtro e sem nenhum impedimento. Quão sério é esse fenômeno! Isso requer de nós, educadores, uma constante auto-educação e um cuidado maior com o ambiente que a acolhe.
Conhecemos bem a história do menino que, criado na floresta no habitat dos lobos, acabou tornando-se um menino-lobo.
A criança nos primeiros anos de vida, age primeiro por reflexos e depois por imitação. Quantos adultos (indevidamente) se divertem fazendo-a repetir mil vezes o que acabou de aprender: um gesto, um som, uma palavra. Imitação pura. Ela ainda não tem consciência desse fato.
É grande nossa responsabilidade ao educar uma criança. Servimos de exemplo para todos os seus atos: a maneira como andamos, nos alimentamos, como falamos, como nos portamos, enfim, diante das situações do dia-a-dia, tudo é absorvido por ela.
A criança, em seu lar, desenvolve confiança ao ver seus pais ou substitutos todos os dias. E na escola? Conviverá todos os dias com o mesmo educador? No mesmo ambiente? Com os mesmos brinquedos? Na mesma rotina? Esses são fatores fundamentais em educação infantil e muito bem respeitados e cumpridos numa escola Waldorf, onde os educadores estão cientes de que é através do ritmo, da rotina, da repetição e da constância que se formarão os alicerces para a construção e o desenvolvimento da confiança, sentimento este tão em falta nos dias de hoje.
É através deste vínculo, desta confiança, formada entre o educador e educando, que será construída a base para uma vida saudável em todos os seus aspectos.

(*)Terapeuta Ocupacional
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde.
Orientadora em educação infantil e-mail: pilarborba@gmail.com
(Foto do site da Escola Aitiara)

24 de janeiro de 2011

Oficinas de Palhaço!



Clique nas imagens para ampliar!

O Desenho Infantil (1º post do ciclo "Por dentro da Pedagogia Waldorf"))


Desenho Infantil


Por: Pilar Tetilla Manzano Borba (*)

O Desenho Infantil pode ser interpretado de diversas maneiras.
Ele representa o gesto externo de se comunicar com o mundo; o gesto interno dos processos fisiológicos de amadurecimento do corpo físico e da coordenação motora; uma assinatura enquanto ser humano; o estado emocional no qual a criança se encontra ente outras coisas.

Toda criança desde o momento que pega num lápis imita o gesto de escrever desenhando garatujas.
Essas garatujas são movimentos circulares ou pendulares que na fisiologia humana retrata os processos internos de circulação e respiração respectivamente. Em todo o mundo as crianças executam garatujas.

A primeira forma que a criança desenha após as garatujas é o círculo. Este círculo é fechado bem no momento em que a criança fala a palavrinha Eu, se referindo a si mesma; e, também "coincide" com a consolidação da última sutura dos ossos do crânio. É a fase da birra e da teimosia pois agora a criança já se percebe como um ser separado da mãe e portanto cheia de "quereres".

Na medida em que a coordenação motora vai amadurecendo e a criança vai coordenando mais seu corpo no espaço ela desenha a forma do quadrado. Nesta fase a noção do tronco está mais clara para a criança. Ela desenha além do quadrado, escadas, torres e "casas".

Quando seu sentido de esquema corporal (sentido do movimento ou propriocepção) está mais desenvolvido a criança passa a desenhar a forma triangular chegando a fazer o teto da casinha. Somente nesta fase é que ela percebe internamente seus pés representados no desenho da casa pelo chão.

Pedagogicamente os desenhos infantis devem ser livres ou seja, sem cadernos de colorir e sem propostas do professor uma vez que os desenhos infantis são expressões de vivências internas e externas. Isso se justifica pelo fato de todas as crianças, independente da parte do mundo onde vivem, desenharem o mesmo tipo de casinha.

(*) Terapeuta Ocupacional
Pedagoga Waldorf
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde pela UNISO
Professora no curso de fundamentação em pedagogia Waldorf
Orienta berçários, creches, maternais e jardins de infância
pilarborba@gmail.com

Novo acordo ortográfico

Hoje, ao escrever a palavra tranquilo, lembrei do novo acordo ortográfico (e deixei o trema de lado).
Em vigor desde janeiro de 2009, o novo acordo ortográfico busca a uniformização da grafia dos países lusófonos (ou seja, países que falam o português como língua oficial).
Além do Brasil, também participam do novo acordo ortográfico: Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.
Foi estipulado um prazo de adaptação às novas regras de grafia: de janeiro de 2009 até dezembro de 2012, período em que será aceito tanto a grafia anterior quanto a nova.
Portanto, a partir de 01 de janeiro de 2013 a aplicação das novas regras ortográficas passará a ser obrigatória.
Enquanto isso, eu, com minhas reflexões sobre o tema, pensei que metade do tempo de adaptação já se passou e eu não estou adaptada sequer à metade das novas regras!
Assim, para correr atrás do meu prejuízo e também para ajudar outros que estão na mesma situação do que eu, postarei por aqui, em doses homeopáticas, as mudanças trazidas pelo novo acordo.
Quem sabe assim poderemos iniciar 2013 tendo as novas grafias como nossas velhas conhecidas!
Também buscarei escrever meus posts de acordo com a “nova ordem gráfica” (qualquer escapadela, aceito puxões de orelha!).

Observação 1: aos mais interessados no assunto, indico um guia prático da Michaelis, disponibilizado em PDF para download, no site da Livraria Melhoramentos (clique aqui para acessar). Basta salvar no seu computador e você fica com um guia só seu para aqueles momentos de dúvidas cruéis (sim, cruéis, pois esta não muda com o novo acordo!).
Observação 2: Além do download do guia da Michaelis, também decidi comprar um livro sobre o tema (um pequeno guia prático), coisa de quem (penso eu) passou um terço da vida sem internet e ainda se sente mais segura com um livro na mão do que com mil compilações digitais.
Estudemos pois!
(publicada no site Olhares - Fotografia on line)

Curso de desenho uma nova atitude de observação


Este curso promovido pelo artista Manoel Marques, focaliza o desenvolvimento de uma atitude visual inovadora que se encontra escondida atrás da nossa consciência cotidiana; abre a possibilidade para vivência de processos únicos com resultados surpreendentes. Os exercícios de percepção usados nas aulas são praticados através do desenho de modelo vivo, um desafio que põe à prova as capacidades desenvolvidas ao longo do curso.

Não é necessário ter experiência prévia com desenho.


Duração de quatro meses, uma aula de duas horas por semana. Novas turmas com início em:

São Paulo: 23 de Fevereiro, às quartas-feiras às 20hs. CENTRARTE, rua São Ludgero, 206 Granja Julieta.

Botucatu: 21 de Fevereiro, às segundas-feiras às 20hs. ARTE & SAÚDE, rua Marechal Deodoro, 413 Centro

Maiores informações na aba Aqui se faz na parte superior do Blog Alô Bairro Demétria.

22 de janeiro de 2011

Restaurante - Chácara Somé



Hoje o restaurante da Chácara Somé reabriu as suas portas.
Dias e horários de funcionamento:
De segunda a sexta das 12:00 às 14:00 horas.
Excepcionalmente nos finais de semana.
Hoje (sábado) e amanhã (domingo) o restaurante estará aberto.
Bom apetite!


imagem: arquivo pessoal
(foto tirada em nossa primeira visita
ao Bairro Demétria, em julho de 2008)

21 de janeiro de 2011

Apresentação (e quadrinhos)

Foi com muita alegria que recebi o convite da Eduarda, do Luiz e da Kasia para integrar a equipe do blog Alô Bairro Demétria.
Inicio minha participação com os quadrinhos de um famoso cartunista e desenhista argentino, o Liniers. Sua personagem Enriqueta é a minha favorita.
As tirinhas da Enriqueta versam sobre os tempos de criança, com histórias recheadas de inocência, delicadeza, e beleza. Um elogio ao brincar, ao imaginar e à natureza.
Para quem quiser conhecer mais deixo aqui o link do site do Liniers.
Bom proveito e um ótimo final de semana!

(clique na imagem para ampliar)

Duelo de Banjo

Colaboração do Luiz Pryzant, ex-morador do Aldeia e amigo do bairro Demétria.
Que maravilha!

O filme Amargo Pesadelo estava sendo rodado no interior dos Estados Unidos. O diretor fez a locação de um posto de gasolina nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários atores contracenando com o proprietário do posto onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último,autista e nunca saía do terreno da casa.
A equipe parou no posto de gasolina para abastecer e aconteceu a cena mais marcante que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes para refazer a cena do abastecimento, um dos atores que sendo músico sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas aproveitando o intervalo da gravação e já tendo percebido a presença de um garoto que dedilhava um banjo na varanda da casa aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.

Como houve uma 'resposta musical" por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo.

Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe captada numa janela da casa;
- A reação autêntica de um autista quando o ator músico quer cumprimentá-lo.

Vale a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão. No início está distante, mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada por alguns momentos, graças a um violão forasteiro. O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
Depois, ele volta para dentro de si, deixando a sua parcela de beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano: 1972).
(Dica do Amigo Santo Bedendo)

13 de janeiro de 2011

Tragédia no Rio de Janeiro




Dois leitores do Blog nos enviaram poemas em solidariedade ao sofrimento dos habitantes das cidades serranas do Rio de Janeiro frente aos deslizamentos de suas encostas e enchentes furiosas dos últimos dias.




Pras almas que foram levadas
Pelo braço forte da chuva
O poeta hoje se curva
Tendo suas mãos lavadas
Que a brisa das madrugadas
Serenas do ano inteiro
Sobre o Rio de Janeiro
Sopre para consolar
Até o choro desaguar
Num calmo Mar de Fevereiro!

Seu Ribeiro






Crise


Neste momento, terra e homem,

Manifestam o sofrimento e não dormem.

Com todo o sistema sanguíneo alterado,

Transformando toda força do circulatório,

Em fúria, catástrofes e mortes.



É chegada à hora de repensarmos,

Nos princípios que herdamos e negamos,

Veneração e respeito, a tudo que amamos.

Cuidarmos da terra, rios florestas e mares,

Principalmente do homem a evitar tais males.


Tomar uma decisão, precisamos,

Enxergar a crise, em que nos encontramos.

Cultivando socialmente o amor,

Conseguiremos acabar com a dor,

Reorganizando o templo que habitamos.

Jane

12 de janeiro de 2011

Resultado da Enquete sobre pavimentação

Com as opiniões bastante divididas a enquete se encerrou.
Somando-se duas a duas as categorias de votação pode-se deduzir que a grande maioria dos votantes é pela pavimentação da estrada principal, porém a pavimentação sem asfalto é a que causaria menor conflito entre os moradores/usuários, uma vez que aqueles que não querem pavimentação também são um número bem significativo da amostragem.

Você é favorável à Pavimentação da Estrada Principal?
 
Sim, e com asfalto
  47 (37%)
Sim, mas sem asfalto e com outro tipo de pavimento
  45 (35%)
Não, sou pela estrada de terra com manutenção regular
  33 (26%)
Ainda, não tenho opinião formada
  1 (0%)
 Votos até o momento: 126
Enquete encerrada

11 de janeiro de 2011

Hai Kai

.


Vejam AQUI um lindo buquê de flores do café feito para a 2ª Flor em Pé pela Denise, moradora do Aitiaia.

Olhar


Dicas de Sites: Caatinga Cerrado

Acompanhe aqui no Blog dicas (veja a etiqueta Sites e Blogs) de sites relacionados com o Tema da Produção e Consumo Sustentáveis  em outros locais do Brasil.
Começamos com esse Portal: A Caatinga Cerrado que é uma iniciativa de articulação das redes e empreendimentos da agricultura familiar para a promoção e comercialização de produtos da sociobiodiversidade desses biomas e é um projeto maravilhoso com parceiros incríveis!

Link: http://www.caatingacerrado.com.br/

Clicando nos Estados do Mapa você verá os produtos/produtores de cada região bem como seus contatos: http://www.caatingacerrado.com.br/encontre-empreendimentos-e-comunidades/

9 de janeiro de 2011

Concerto Selvagem no Metrô


Achei no ótimo C.P

Magma Magia... Ou, "O Tempero da Vida"

A colaboradora do Blog Alô Bairro Demétria, Jane Baruki Ferreira, moradora do Condomínio Alvorada nos enviou essa linda poesia.Ela agora tem Blog próprio e convidamos a todos a também frequentá-lo: http://janocca.blogspot.com 

Foto: Eduarda Mendes




Magma magia

Cada raça tem sua cor,

Também o seu sabor.

Com sal, alho, cebola e limão,

O árabe tempera o seu humor.
 
Cada tempero tem sua magia,

De atuar na alma minha.

A cebola me aquece,

O sal me enlouquece.

O alho me fortalece,

O limão me enobrece.


No uso das especiarias,

Devemos encontrar a equidade,

Para cozinhar com sabedoria,

Proporcionando saúde e harmonia.


Jane



Ps: Essa poesia me lembrou um filme lindo, que recomendo a todos os leitores do Blog: O Tempero da Vida; Como diz o avô Vassilis no filme: “…a palavra astrônomo está contida na palavra gastrônomo!”
As filmagens ocorreram nas cidades de Atenas e Istambul;


 

Atividades de Férias para Crianças!

FÉRIAS DE VERÃO NO PERSEPHONE

Oficinas de férias:
1- Para os pequeninos (4 a 6 anos): 3ª e 5ª feira das 9h as 11h para brincar, desenhar, pintar e ouvir histórias.
De 18/01 até03/02.
Investimento: R$80,00 no início ou R$15,00 por vez ;

2- Para os maiores ( 7 a 12 anos): 2ª, 4ª e 6ª feira das 15h as 17h para "pintar e bordar o 7", "fazer arte", brincar e ouvir histórias.
De 17/01 até 04/02.
Investimento: R$ 125,00 ou R$15,00 por vez;

Obs: a frequência é livre

Ccoordenadora: Bell Cortesi

Inscrições pelos telefones: 3814 6505 ou 8163 6989.

Janeiro no jardim


Janeiro é o mês que nos dispomos a novos hábitos e o jardim pode ser um bom palco para realizá-las ! Comece observando atentamente cada canto de seu jardim e percebendo o que já está bem e o que precisaria ser mudado. Paralelamente, estude o cultivo e os hábitos de novas plantas e veja, com calma, se elas se adaptam às condições do seu jardim. Pessoas que compram plantas por impulso, não são as que tem um belo jardim. Questões como o tamanho que a planta alcança na idade adulta, e suas necessidades de água e luz, devem ser cuidadosamente pesquisadas.
Nesse mês, o principal trabalho no jardim é o de se retirar as ervas daninhas, manter o gramado aparado , e arrancar todas as flores murchas, exceto aquelas que você irá conservar para obter sementes. Isso faz com que o número e o tempo da florada sejam maiores, pois a formação de sementes completa o período de floração mais cedo. Já as flores que servirão de matrizes de sementes, e  portando serão mantidas quando murcharem, deverão ser escolhidas entre as mais belas, e então ser previamente marcadas com um durex no caule para posterior identificação. Quando for colher as sementes faça-o em dia quente e seco, e no final do dia, para que com a umidade do orvalho da manhã não as mofe. Então, ponha- as para secar em lugar seco e protegido do tempo, devidamente marcadas por etiquetas.
A poda das plantas que terão sua florada apenas no inverno, deve ser feita agora. Folhas e galhos doentes também devem ser retirados, e se possível queimados. Evitando-se assim que as doenças se espalhem.
Ramos ladrões de roseiras e trepadeiras também devem ser retirados nessa época, e os demais cuidadosamente amarrados e guiados.
Algumas flores tais como rosas, gladíolos, etc. podem ser cortadas para a decoração da casa, lembre-se de fazê-lo no momento exato em que estiverem para abrir, com exceção das dálias e suas semelhantes, que devem ser colhidas quando já estiverem totalmente abertas.
Este é um bom mês para se fazer estacas. O corte da base das mesmas, deve ser na diagonal e o do ápice reto. De  três a quatro olhos (gemas) devem estar presentes em cada estaca.
O tipo de solo deve ser o mesmo que a planta adulta precisa. Assim, por exemplo, hibiscos ficarão bem em solo rico e úmido e suculentas, como a flor de maio, em solo arenoso. Neste último tipo de plantas (suculentas), aliás, as estacas deverão secar por 24hs antes de serem plantadas.
Por se tratar de um mês com vários dias chuvosos, escolha um desses dias para adubar suas plantas, seguindo as orientações de dosagem do fabricante.
Texto: Maria Eduarda M.Mendes

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