9 de novembro de 2014

BAZAR PRÉ-ADVENTO DA COM. DE CRISTÃOS, SÁB 22/11

Venha passar conosco uma bela tarde de sábado 
e ainda encontrar o presente que você procura, 
feito por mãos carinhosas e habilidosas.

Contamos com sua presença!


 Para conhecerem um pouco mais, acessem:

Localização: Caminho da Escola Aitiara, à esquerda no trecho do bambuzal.


24 de junho de 2014

O ARRAIÁ DA AITIARA ESTÁ CHEGANDO!!!

Simbora todo mundo pra fogueira!
VIVA SÃO JOÃO, VIVA SÃO JOÃO,
a fogueira arder... em meu coração...


À João Batista
Me purifique, ó Deus / Me purifique por dentro / E por fora, 
Purifique meu corpo, minha alma, meu espírito
Pra que germens de luz / Possam crescer em mim 
E façam que eu me torne tocha
Quero ser minha própria chama / Para que tudo em mim,
Tudo ao meu redor / Transforme-se em luminosidade.
Oração dos Bogumilos

22 de maio de 2014

CSA é tema de reportagem: Assista!

REPORTAGEM CSA 
Agricultura Sustentada pela Comunidade


O CSA foi ao programa do Globo Rural no último Domingo pela manhã!
Para aqueles que não puderam ver, segue o link da reportagem que foi ao ar no dia 18/5 em primeira exibição pela TV Globo no Programa Globo Rural.Acreditamos que esta iniciativa seja um impulso para o nascimento de outros núcleos dentro deste modelo de economia associativa.Divulguem para que todos possam conhecer o Projeto.

Abraço a todos,

Hermann pelo CSA Demetria

22 de abril de 2014


Estampas * Bolsas * Jogos Americanos * Mosaicos * Feltragens 
Echarpes * Lãs * Tricôs * Cadernos * Fadas de Feltragem 
Peças em Tear *  Roupas Indianas * Chocolates * Produtos Natura 
E muito mais...

ESPERAMOS POR VOCÊ!

16 de abril de 2014

Profetas do pânico: os gupos que patrocinam a campanha anticopa


Profetas do pânico: os gupos que patrocinam a campanha anticopa


Existe uma campanha orquestrada contra a Copa do Mundo no Brasil. A torcida para que as coisas deem errado é pequena, mas é barulhenta e até agora tem sido muito bem sucedida em queimar o filme do evento.


Tiveram, para isso, uma mãozinha de alguns governos, como o do estado do Paraná e da prefeitura de Curitiba, que deram o pior de todos exemplos ao abandonarem seus compromissos com as obras da Arena da Baixada, praticamente comprometida como sede.


A arrogância e o elitismo dos cartolas da Fifa também ajudaram. Aliás, a velha palavra “cartola” permanece a mais perfeita designação da arrogância e do elitismo de muitos dirigentes de futebol do mundo inteiro.


Mas a campanha anticopa não seria nada sem o bombardeio de informação podre patrocinado pelos profetas do pânico.


O objetivo desses falsos profetas não é prever nada, mas incendiar a opinião pública contra tudo e contra todos, inclusive contra o bom senso.


Afinal, nada melhor do que o pânico para se assassinar o bom senso.


Como conseguiram azedar o clima da Copa do Mundo no Brasil


O grande problema é quando os profetas do pânico levam consigo muita gente que não é nem virulenta, nem violenta, mas que acaba entrando no clima de replicar desinformações, disseminar raiva e ódio e incutir, em si mesmas, a descrença sobre a capacidade do Brasil dar conta do recado.


Isso azedou o clima. Pela primeira vez em todas as copas, a principal preocupação do brasileiro não é se a nossa seleção irá ganhar ou perder a competição.


A campanha anticopa foi tão forte e, reconheçamos, tão eficiente que provocou algo estranho. Um clima esquisito se alastrou e, justo quando a Copa é no Brasil, até agora não apareceu aquela sensação que, por aqui, sempre foi equivalente à do Carnaval.


Se depender desses Panicopas (os profetas do pânico na Copa), essa será a mais triste de todas as copas.


“Hello!”: já fizemos uma copa antes


Até hoje, os países que recebem uma Copa tornam-se, por um ano, os maiores entusiastas do evento. Foi assim, inclusive, no Brasil, em 1950. Sediamos o mundial com muito menos condições do que temos agora.


Aquela Copa nos deixou três grandes legados. O primeiro foi o Maracanã, o maior estádio do mundo – que só ficou pronto faltando poucos dias para o início dos jogos.


O segundo, graças à derrota para o Uruguai (“El Maracanazo”), foi o eterno medo que muitos brasileiros têm de que as coisas saiam errado no final e de o Brasil dar vexame diante do mundo - o que Nélson Rodrigues apelidou de “complexo de vira-latas”, a ideia de que o brasileiro nasceu para perder, para errar, para sofrer.


O terceiro legado, inestimável, foi a associação cada vez mais profunda entre o futebol e a imagem do país. O futebol continua sendo o principal cartão de visitas do Brasil – imbatível nesse aspecto.


O cartunista Henfil, quando foi à China, em 1977, foi recebido com sorrisos no rosto e com a única palavra que os chineses sabiam do Português: “Pelé” (está no livro “Henfil na China”, de 1978).


O valor dessa imagem para o Brasil, se for calculada em campanhas publicitárias para se gerar o mesmo efeito, vale uma centena de Maracanãs.


Desinformação #1: o dinheiro da Copa vai ser gasto em estádios e em jogos de futebol, e isso não é importante


O pior sobre a Copa é a desinformação. É da desinformação que se alimenta o festival de besteiras que são ditas contra a Copa.


Não conheço uma única pessoa que fale dos gastos da Copa e saiba dizer quanto isso custará para o Brasil. Ou, pelo menos, quanto custarão só os estádios. Ou que tenha visto uma planilha de gastos da copa.


A “Copa” vai consumir quase 26 bilhões de reais.


A construção de estádios (8 bi) é cerca de 30% desse valor.


Cerca de 70% dos gastos da Copa não são em estádios, mas em infraestrutura, serviços e formação de mão de obra.


Os gastos com mobilidade urbana praticamente empatam com o dos estádios.


O gastos em aeroportos (6,7 bi), somados ao que será investido pela iniciativa privada (2,8 bi até 2014) é maior que o gasto com estádios.


O ministério que teve o maior crescimento do volume de recursos, de 2012 para 2013, não foi o dos Esportes (que cuida da Copa), mas sim a Secretaria da Aviação Civil (que cuida de aeroportos).


Quase 2 bi serão gastos em segurança pública, formação de mão de obra e outros serviços.


Ou seja, o maior gasto da Copa não é em estádios. Quem acha o contrário está desinformado e, provavelmente, desinformando outras pessoas.


Desinformação #2: se deu mais atenção à Copa do que a questões mais importantes


Os atrasos nas obras pelo menos serviram para mostrar que a organização do evento não está isenta de problemas que afetam também outras áreas. De todo modo, não dá para se dizer que a organização da Copa teve mais colher de chá que outras áreas.


Certamente, os recursos a serem gastos em estádios seriam úteis a outras áreas. Mas se os problemas do Brasil pudessem ser resolvidos com 8 bi, já teriam sido.


Em 2013, os recursos destinados à educação e à saúde cresceram. Em 2014, vão crescer de novo.


Portanto, o Brasil não irá gastar menos com saúde e educação por causa da Copa. Ao contrário, vai gastar mais. Não por causa da Copa, mas independentemente dela.


No que se refere à segurança pública, também haverá mais recursos para a área. Aqui, uma das razões é, sim, a Copa.


Dados como esses estão disponíveis na proposta orçamentária enviada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso (nas referências ao final está indicado onde encontrar mais detalhes).


Se alguém quiser ajudar de verdade a melhorar a saúde e a educação do país, ao invés de protestar contra a Copa, o alvo certo é lutar pela aprovação do Plano Nacional de Educação, pelo cumprimento do piso salarial nacional dos professores, pela fixação de percentuais mais elevados e progressivos de financiamento público para a saúde e pela regulação mais firme sobre os planos de saúde.


Se quiserem lutar contra a corrupção, sugiro protestos em frente às instâncias do Poder Judiciário, que andam deixando prescrever crimes sem o devido julgamento, e rolezinhos diante das sedes do Ministério Público em alguns estados, que andam com as gavetas cheias de processos, sem dar a eles qualquer andamento.


Marchar em frente aos estádios, quebrar orelhões públicos e pichar veículos em concessionárias não tem nada a ver com lutar pela saúde e pela educação.


Os estádios, que foram malhados como Judas e tratados como ícones do desperdício, geraram, até a Copa das Confederações, 24,5 mil empregos diretos. Alto lá quando alguém falar que isso não é importante.


Será que o raciocínio contra os estádios vale também para a Praça da Apoteose e para todos os monumentos de Niemeyer? Vale para a estátua do Cristo Redentor? Vale para as igrejas de Ouro Preto e Mariana?


Havia coisas mais importantes a serem feitas no Brasil, antes desses monumentos extraordinários. Mas o que não foi feito de importante deixou de ser feito porque construíram o bondinho do Pão-de-Açúcar?


Até mesmo para o futebol, o jogo e o estádio são, para dizer a verdade, um detalhe menos importante. No fundo, estádios e jogos são apenas formas para se juntar as pessoas. Isso sim é muito importante. Mais do que alguns imaginam.


Desinformação #3: O Brasil não está preparado para sediar o mundial e vai passar vexame


Se o Brasil deu conta da Copa do Mundo em 1950, por que não daria conta agora?


Se realizou a Copa das Confederações no ano passado, por que não daria conta da Copa do Mundo?


Se recebeu muito mais gente na Jornada Mundial da Juventude, em uma só cidade, porque teria dificuldades para receber um evento com menos turistas, e espalhados em mais de uma cidade?


O Brasil não vai dar vexame, quando o assunto for segurança, nem diante da Alemanha, que se viu rendida quando dos atentados terroristas em Munique, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972; nem diante dos Estados Unidos, que sofreram atentados na Maratona Internacional de Boston, no ano passado.


O Brasil não vai dar vexame diante da Itália, quando o assunto for a maneira como tratamos estrangeiros, sejam eles europeus, americanos ou africanos.


O Brasil não vai dar vexame diante da Inglaterra e da França, quando o assunto for racismo no futebol. Ninguém vai jogar bananas para nenhum jogador, a não ser que haja um Panicopa no meio da torcida.


O Brasil não vai dar vexame diante da Rússia, quando o assunto for respeito à diversidade e combate à homofobia.


O Brasil não vai dar vexame diante de ninguém quando o assunto for manifestações populares, desde que os governadores de cada estado convençam seus comandantes da PM a usarem a inteligência antes do spray de pimenta e a evitar a farra das balas de borracha.


Podem ocorrer problemas? Podem. Certamente ocorrerão. Eles ocorrem todos os dias. Por que na Copa seria diferente? A grande questão não é se haverá problemas. É de que forma nós, brasileiros, iremos lidar com tais problemas.


Desinformação #4: os turistas estrangeiros estão com medo de vir ao Brasil


De tanto medo do Brasil, o turismo para o Brasil cresceu 5,6% em 2013, acima da média mundial. Foi um recorde histórico (a última maior marca havia sido em 2005).


Recebemos mais de 6 milhões de estrangeiros. Em 2014, só a Copa deve trazer meio milhão de pessoas.


De quebra, o Brasil ainda foi colocado em primeiro lugar entre os melhores países para se visitar em 2014, conforme o prestigiado guia turístico Lonely Planet (“Best in Travel 2014”, citado nas referências ao final).


Adivinhe qual uma das principais razões para a sugestão? Pois é, a Copa.



Desinformação #5: a Copa é uma forma de enganar o povo e desviá-lo de seus reais problemas


O Brasil tem de problemas que não foram causados e nem serão resolvidos pela Copa.


O Brasil tem futebol sem precisar, para isso, fazer uma copa do mundo. E a maioria assiste aos jogos da seleção sem ir a estádios.


Quem quiser torcer contra o Brasil que torça. Há quem não goste de futebol, é um direito a ser respeitado. Mas daí querer dar ares de “visão crítica” é piada.


Desinformação #6: muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, o que é um grave problema


É verdade, muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, mas isso não é um grave problema. Tem até um nome: chama-se “legado”.


Mas, além do legado em infraestrutura para o país, a Copa provocou um outro, imaterial, mas que pode fazer uma boa diferença.


Trata-se da medida provisória enviada por Dilma e aprovada pelo Congresso (entrará em vigor em abril deste ano), que limita o tempo de mandato de dirigentes esportivos.


A lei ainda obrigará as entidades (não apenas de futebol) a fazer o que nunca fizeram: prestar contas, em meios eletrônicos, sobre dados econômicos e financeiros, contratos, patrocínios, direitos de imagem e outros aspectos de gestão. Os atletas também terão direito a voto e participação na direção. Seria bom se o aclamado Barcelona, de Neymar, fizesse o mesmo.


Estresse de 2013 virou o jogo contra a Copa


Foi o estresse de 2013 que virou o jogo contra a Copa. Principalmente quando aos protestos se misturaram os críticos mascarados e os descarados.


Os mascarados acompanharam os protestos de perto e neles pegaram carona, quebrando e botando fogo. Os descarados ficaram bem de longe, noticiando o que não viam e nem ouviam; dando cartaz ao que não tinha cartaz; fingindo dublar a “voz das ruas”, enquanto as ruas hostilizavam as emissoras, os jornalões, as revistinhas e até as coitadas das bancas.


O fato é que um sentimento estranho tomou conta dos brasileiros. Diferentemente de outras copas, o que mais as pessoas querem hoje saber não é a data dos jogos, nem os grupos, nem a escalação dos times de cada seleção.


A maioria quer saber se o país irá funcionar bem e se terá paz durante a competição. Estranho.


É quase um termômetro, ou um teste do grau de envenenamento a que uma pessoa está acometida. Pergunte a alguém sobre a Copa e ouça se ela fala dos jogos ou de algo que tenha a ver com medo. Assim se descobre se ela está empolgada ou se sentou em uma flecha envenenada deixada por um profeta do apocalipse.


Todo mundo em pânico: esse filme de comédia a gente já viu


Funciona assim: os profetas do pânico rogam uma praga e marcam a data para a tragédia acontecer. E esperam para ver o que acontece. Se algo “previsto” não acontece, não tem problema. A intenção era só disseminar o pânico e o baixo astral mesmo.


O que diziam os profetas do pânico sobre o Brasil em 2013? Entre outras coisas:


Que estávamos à beira de um sério apagão elétrico.


Que o Brasil não conseguiria cumprir sua meta de inflação e nem de superávit primário.


Que o preço dos alimentos estava fora de controle.


Que não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações.


O apagão não veio e as termelétricas foram desligadas antes do previsto. A inflação ficou dentro da meta. A inflação de alimentos retrocedeu. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações foram entregues.


Essas foram as profecias de 2013. Todas furadas.


Cada ano tem suas previsões malditas mais badaladas. Em 2007 e 2008, a mesma turma do pânico dizia que o Brasil estava tendo uma grande epidemia de febre amarela. Acabou morrendo mais gente de overdose de vacina do que de febre amarela, graças aos profetas do pânico.


Em 2009 e 2010, os agourentos diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe aviária e nem a gripe “suína”, o H1N1. Segundo esses especialistas em catástrofes, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Soa parecido com o discurso anticopa, não?


O cataclismo do H1N1 seria gravíssimo. Os videntes falavam aos quatro cantos que não se poderia pegar ônibus, metrô ou trem, tal o contágio. Não se poderia ir à escola, ao trabalho, ao supermercado. Resultado? Não houve epidemia de coisa alguma.


Mas os profetas do pânico não se dão por vencidos. Eles são insistentes (e chatos também). Quando uma de suas profecias furadas não acontece, eles simplesmente adiam a data do juízo final, ou trocam de praga.


Agora, atenção todos, o próximo fim do mundo é a Copa. “Imagina na Copa” é o slogan. E há muita gente boa que não só reproduz tal slogan como perde seu tempo e sua paciência acreditando nisso, pela enésima vez.


Para enfrentar o pessoal que é ruim da cabeça ou doente do pé


O pânico é a bomba criada pelos covardes e pulhas para abater os incautos, os ingênuos e os desinformados.


Só existe um antídoto para se enfrentar os profetas do pânico. É combater a desinformação com dados, argumentos e, sobretudo, bom senso, a principal vítima da campanha contra a Copa.


Informação é para ser usada. É para se fazer o enfrentamento do debate. Na escola, no trabalho, na família, na mesa de bar.


É preciso que cada um seja mais veemente, mais incisivo e mais altivo que os profetas do pânico. Eles gostam de falar grosso? Vamos ver como se comportam se forem jogados contra a parede, desmascarados por uma informação que desmonta sua desinformação.


As pessoas precisam tomar consciência de que deixar uma informação errada e uma opinião maldosa se disseminar é como jogar lixo na rua.


Deixar envenenar o ambiente não é um bom caminho para melhorar o país.


A essa altura do campeonato, faltando poucos meses para a abertura do evento, já não se trata mais de Fifa. É do Brasil que estamos falando.


É claro que as informações deste texto só fazem sentido para quem as palavras “Brasil” e “brasileiros” significam alguma coisa.


Há quem por aqui nasceu, mas não nutre qualquer sentimento nacional, qualquer brasilidade; sequer acreditam que isso existe. Paciência. São os que pensam diferente que têm que mostrar que isso existe sim.


Ter orgulho do país e torcer para que as coisas deem certo não deve ser confundido com compactuar com as mazelas que persistem e precisam ser superadas. É simplesmente tentar colocar cada coisa em seu lugar.


Uma das maneiras de se colocar as coisas no lugar é desmascarar oportunistas que querem usar da pregação anticopa para atingir objetivos que nunca foram o de melhorar o país.


O pior dessa campanha fúnebre não é a tentativa de se desmoralizar governos, mas a tentativa de desmoralizar o Brasil.


É preciso enfrentar, confrontar e vencer esse debate. É preciso mostrar que esse pessoal que é profeta do pânico é ruim da cabeça ou doente do pé.


(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política e torcedor da Seleção Brasileira de Futebol desde sempre.

12 de abril de 2014

O MILHO NOSSO DE CADA DIA



Estamos no final das deliciosas e tradicionais festas do milho da região. Além das delícias gastronômicas, essas festas evocam nossa cultura caipira, tão rica e importante e também as tradições religiosas e a vida em comunidade.
Mas, será que todos repararam no sabor das pamonhas, dos curaus, do milho verde com manteiga? Saborosos como nos anos anteriores? Um pouquinho diferente, talvez?
Se não foi perceptível no sabor, a diferença foi bem acentuada para o meio ambiente da nossa região, nos campos onde, pelo menos uma parte desses milhos foi cultivada.
Isso porque, desde 2007 existem no mercado sementes de milho chamadas de transgênicas, isto é, sementes geneticamente modificadas em laboratórios para serem tolerantes a herbicidas. Ou ainda sementes com a tecnologia Bt, no qual foram introduzidos genes específicos de uma bactéria de solo que fazem com que a planta produza uma proteína tóxica para alguns grupos de insetos, para que a planta resista ao ataque de lagartas.
O agricultor que planta o milho transgênico adquire o agrotóxico e as sementes de uma mesma empresa e ainda paga royalties pelo uso das mesmas.  De acordo com a propaganda, os transgênicos trariam aos agricultores maior produtividade. Porém isso nem sempre acontece...
O que se observa ao longo destes anos é que os insetos que normalmente atacam a cultura e as plantas invasoras adquirem resistência e então é necessário o uso de quantidades cada vez maiores de inseticidas e herbicidas. E normalmente o agricultor tem perda de parte da colheita.

O uso desses agroquímicos (inseticidas, herbicidas, etc.) causa cada vez maiores impactos à saúde humana e ambiental. Por exemplo, está para ser liberado no mercado um herbicida que tem como princípio ativo o “2,4 D”, também conhecido como “agente laranja”. Este produto foi utilizado pelos EUA na guerra do Vietnã para desfolhar as florestas tropicais daquele país, revelando a localização dos soldados inimigos que lá estavam escondidos. O “2,4D”, quase uma arma de guerra, em breve chegará às nossas mesas, através da soja e do milho geneticamente modificados. 
O Brasil vem registrando um aumento expressivo no uso de veneno para lavoura, também chamados de “defensivos agrícolas”, e já somos o maior consumidor mundial desses produtos. O mercado brasileiro gera com isso, bilhões de dólares de lucro para as multinacionais do setor de agroquímicos, enquanto ficamos com o prejuízo da contaminação progressiva de trabalhadores rurais, de animais silvestres, dos nossos solos, rios, córregos, peixes, entre outros. Estudos já apontam a contaminação até das águas subterrâneas, como é o caso do Aquífero Guarani, presente na nossa região e um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do mundo. Enquanto as multinacionais do agroquímico se beneficiam com a venda desses produtos, o prejuízo é dividido entre todos os cidadãos brasileiros.
Mas, voltando ao nosso assunto inicial, a comercialização das sementes dos milhos transgênicos foi aprovada pela Comissão Nacional de Biossegurança / CTNBio, um órgão do Governo Federal. Imagina-se, dessa forma que a aprovação oficial fosse baseada em estudos científicos consistentes que garantissem a segurança ambiental e da população.
Mas, na verdade, os testes de avaliação que a CTNBio utiliza para aprovar um produto são, principalmente, análises técnicas dos aspectos agronômicos, por exemplo, avaliam a adaptação das sementes a um determinado ambiente, avaliam o  aumento da produtividade, etc..
Já os testes para avaliação dos impactos de transgênicos ou OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) na saúde humana e no ambiente (fauna, água,solo, etc.) além de pouco considerados, apresentam outro aspecto bastante preocupante: o prazo. A CTNBio considera válidos dados de ensaios técnicos feitos em prazos curtos, com avaliações de, no máximo, 45 dias.
Agora vejam: no ano passado, pesquisadores franceses divulgaram o resultado bombástico, de uma pesquisa bastante simples. Os cientistas alimentaram ratos de laboratório com milho transgênico por 2 anos. Depois de cinquenta dias começaram a aparecer mal - formações e muitas mortes. Houve crescimento excessivo das glândulas mamárias, problemas nos rins e fígado. Aqui no Brasil, esse mesmo milho é, no entanto, comercializado livremente e consumido pela população, talvez até para preparar a pamonha e o curau das nossas tradicionais festas do milho.
Muitos produtores de grãos do Brasil já perceberam que plantar milho e soja transgênicos nem sempre é um bom negócio. A Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Brazilian Association of Non Genetically Modified Grain Producers)/ ABRANGE); que tem como associados grandes empresas como o Grupo André Maggi, a Brejeiro, a Caramuru Alimentos S/A; vem ampliando sua produção e exportação de grãos já que a China, Rússia e vários países da Europa proíbem a entrada de soja e milho transgênicos. O mercado mundial tem uma demanda crescente por produtos não transgênicos e os preços pagos são significativamente maiores do que o valor dos grãos transgênicos.
Hoje em dia, o produtor rural que optar por plantar o bom e velho milho crioulo - não transgênico e não híbrido - tem muita dificuldade em encontrar sementes. O milho cateto, o milho cunha, milho palha roxa, e tantos outros que os agricultores da região conhecem bem, estão desaparecendo, pois as sementes estão acabando.  Pelo menos aqui em São Paulo contamos o bom trabalho do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da CATI, da Secretaria Estadual de Agricultura produzindo variedades de milho não transgênicos adaptados ao nosso clima. Mas, mesmo se o produtor conseguir estas sementes corre o risco de ter sua plantação contaminada pelo milho transgênico que um vizinho plantou, já que o pólen do milho se espalha pelo vento. A CTNBio diz que apenas 100 m de borda de proteção é suficiente para milhos diferentes não se contaminarem. Imagine com os ventos aqui em Botucatu ...
Então, já temos uma suspeita sobre a diferença do sabor dos quitutes da festa do milho.
É por estas e outras que, esses novos modelos de produção de grãos como o milho, a soja e o feijão e quaisquer outros organismos geneticamente modificados devem ser repensados com muita cautela e responsabilidade.
Dr. Pedro Jovchelevich
 pedro.jov@biodinamica.org.br

Engenheiro Agrônomo – Coordenador da Associação Biodinâmica de Botucatu 

28 de março de 2014

Jovens percorrem Nordeste para fortalecer e divulgar agroecologia

Iniciativa é preparatória para encontro nacional, que ocorrerá em maio

TINNA OLIVEIRA

Cerca de 120 jovens estão percorrendo o Nordeste com o objetivo de mobilizar a juventude do meio rural para a promoção da agroecologia e fortalecimento da agricultura familiar e dos povos e comunidades tradicionais. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é um dos apoiadores da Caravana Agroecológica e Cultural das Juventudes do Nordeste, etapa preparatória para o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), que ocorrerá de 16 a 19 de maio na cidade de Juazeiro (BA).

A caravana percorre o território de Araripe, no Sertão de Pernambuco, desde terça-feira (25/03). Os jovens estão conhecendo experiências agroecológicas e apontando os problemas que envolvem o atual modelo de desenvolvimento. A coordenadora de Juventude do MMA, Marccella Berte, que participa do ato público da caravana nesta quinta-feira (27/03), às 19h, no centro de Ouricuri (PE), afirma que a iniciativa é uma oportunidade de reflexão sobre os desafios que envolvem a realidade do semiárido, do Nordeste brasileiro e dos jovens camponeses. “Apoiamos a caravana porque ela mobiliza essa geração de jovens que consideramos estratégica para uma transição de base agroecológica no meio rural brasileiro”, completa. 

As rotas da caravana foram divididas em diferentes abordagens para que os jovens vivenciassem várias experiências, abordando, por exemplo, a segurança alimentar e a relação do trabalho com a gestão de atividades que podem ser produtivas para as famílias agricultoras.

ENCONTRO NACIONAL

O III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) tem como lema “Cuidar da Terra, Alimentar a Saúde, Cultivar o Futuro”. Realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), tem como meta dar continuidade ao debate sobre o fortalecimento da agroecologia no país. Nesta terceira edição, também traz a proposta de apontar a agroecologia como uma alternativa ao modelo hegemônico de desenvolvimento que se tem hoje em dia.

A Caravana Agroecológica e Cultural das Juventudes do Nordeste - Rumo ao III ENA, também está sendo realizada pela Rede ATER Nordeste e organizada pelas organizações Associação em Área de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema), Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não Governamentais Alternativas (Caatinga), Centro de Estudos de Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra) e Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá.

27 de março de 2014

O Jardim das Ninfas na Itália

Esse lindo jardim,que é considerado um dos mais belos do mundo fica na Itália a cerca de 60 km de Roma. Clique no vídeo abaixo para conhecer: Leia em português e veja lindas fotos sobre o jardim clicando aqui:
http://agharta-meujardim.blogspot.it/2011/07/jardim-de-ninfa-italia.html

26 de fevereiro de 2014

Plano de Manejo da APA Botucatu é aviltado no CONSEMA


Agradecemos a todos que assinaram o abaixo assinado, mas infelizmente o resultado da votação do Plano de Manejo da APA Botucatu hoje no CONSEMA foi terrível, pois o agronegócio falou mais forte e o nosso Plano de Manejo foi mutilado de forma violenta através da exclusão de todos os mecanismos importantes de controle do uso de agrotóxicos e restrições ao plantio de organismos geneticamente modificados (OGMs) na área da APA. O atual secretário estadual do meio ambiente, Bruno Covas (PSDB), representantes da FIESP, FAESP, CIESP Botucatu e os prefeitos do PSDB da região, através de carta liderada por João Cury (PSDB), orquestraram esse terrível resultado para o Meio Ambiente da nossa região.Como resultado não teremos os meios legais facilitados pelo Plano de Manejo para salvaguardarmos coisas básicas e vitais tais como as áreas de recarga do nosso Aquífero Guarani. Uma década de trabalho de vários técnicos e entidades ambientalistas foram jogados ao
lixo por interesses de uma minoria sem visão e comprometimento com o futuro das próximas gerações da nossa querida região. Resta-nos a mobilização política.Nossa vingança estará nas urnas, pois sabemos das ambições tanto do Bruno Covas, quanto do João Cury. Por favor divulguem, nossa arma é desmascarar esses políticos e seus reais interesses!

21 de fevereiro de 2014

CONSEMA: Queremos a aprovação na íntegra do Plano de Manejo da APA Botucatu!

Petição: http://www.avaaz.org/po/petition/CONSEMA_Conselho_Estadual_do_Meio_Ambiente_SP_Aprovacao_na_integra_do_Plano_de_Manejo_da_APA_Botucatu/?cmSNKab

CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente – SP: Aprovação na íntegra do Plano de Manejo da APA Botucatu.

Por que isto é importante

O Plano de Manejo da APA Botucatu é um documento técnico elaborado com ampla participação da sociedade representada por ONGs, poder público, iniciativa privada, sindicatos, conselhos de classes, membros da academia e lideranças regionais.

Este Plano define o zoneamento ambiental de 9 municípios com norma e diretrizes de uso e ocupação dos solos e os programas de ação visando a proteção dos atributos ambientais e o desenvolvimento das atividades produtivas.

O Perímetro Botucatu abrange parte do território dos Municípios de Angatuba, Avaré, Bofete, Botucatu, Guareí, Itatinga, Pardinho, São Manuel e Torre de Pedra ocupando uma área total de 218.306 ha.

O objetivo da criação desta categoria de Unidade de Conservação é conciliar Proteção e Desenvolvimento, assim sendo, a APA Botucatu é destinada a proteger as Cuestas Basálticas e os Morros Testemunhos, as áreas de recarga do Aqüífero Guarani e as águas superficiais, a vegetação natural, onde encontram-se importantes remanescentes da Mata Atlântica e do Cerrado, que abrigam riquíssima fauna.

Além do grande patrimônio natural, destaca-se ainda um dos mais importantes sítios arqueológicos do Estado de São Paulo, o Abrigo Sarandi, situado no município de Guareí com registros pré-históricos com cerca de seis mil anos.

A sociedade clama pela aprovação do Plano de Manejo para garantir:

- A Conservação integral de fragmentos florestais e de savana
- A recuperação de APPs hídricas;
- A Proibição de pulverização aérea na área das bacias de captação de água para abastecimento público,
- A Restrição ao uso de agrotóxicos - classe Toxicológica I e II;
- A área livre de OGM.

18 de fevereiro de 2014

Plantas exóticas podem causar problemas ambientais?



 Plantas exóticas podem causar problemas ambientais?

Sabemos que o Planeta Terra passa por seu maior período de extinção de espécies, uma grande perda da biodiversidade devido à ação humana. O desmatamento é uma das maiores causas, porém há outras mais sutis como a introdução de espécies exóticas em um ecossistema.
Espécies exóticas são espécies que se originaram em um determinado local segundo os princípios biológicos evolutivos, e foram introduzidas num local diferente do que as originou, onde elas não existiam naturalmente.
Lembremo-nos da sabedoria da natureza que rege a vida na Terra, imaginemos uma planta que se originou num dado local na Terra e por certas razões como barreiras naturais ela não consegue se espalhar pelo globo terrestre. Será que se a movermos para um local onde ela não existia antes não será causa de algum desequilíbrio ambiental?
Essa introdução em um ecossistema onde a espécie não existia causa um distúrbio nas relações entre as espécies nativas, podendo alterar também o ambiente físico em questão.
Um exemplo em nosso bairro é o Ipê-de-jardim (Tecoma stans), que é um problema no Brasil todo, porque além dessa planta ser exótica ela possui a característica de invasora (espécies que invadem os ecossistemas naturais e se proliferam abundantemente, suprimindo o crescimento de outras espécies e alterando a estrutura do ecossistema, do ambiente, do solo, a teia trófica, etc.).
O Tecoma stans tem sua origem no México. Produz muitas sementes que são dispersas pelo vento, atingindo longas distâncias. É conhecido por invadir pastos, Cerrados, Floresta Atlântica Estacional Semidecidual e outras formações vegetais. Aqui em Botucatu, esta planta invadiu uma grande área de APP (área de preservação permanente) em frente de Cuesta, na Fazenda Experimental Edgárdia, próximo à Vitoriana. Esta área é uma transição de Cerradão com Mata Atlântica Estacional Semidecidual, e o Ipê-de-jardim já se encontra dentro da mata alterando as relações entre as espécies nativas, suprimindo o crescimento de plantas nativas.
Nem todas as espécies exóticas causam distúrbios drásticos como as invasoras, porém por não terem evoluído com a flora e fauna local sempre causarão algum distúrbio biológico na teia alimentar.
Todas as plantas têm sua beleza, podemos fazer boa jardinagem com as espécies nativas preservando a biodiversidade e o meio ambiente. Encontremos um equilíbrio em nossos jardins entre espécies exóticas e nativas.

                                   Foto do Ipê-de-jardim (Tecoma stans)

Bibliografia consultada
Kranz, W.M. & Passini, T. 1997. Amarelinho: Biologia e Controle. Informe da pesquisa, nº 121, ano XVII.

30 de janeiro de 2014

18 de janeiro de 2014

Cantinho da Viola



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