25 de novembro de 2010

Estradas do Bairro Demétria: Um resgate dos estudos e das ações já feitos pela Comissão Nossos Caminhos

Transcrevo aqui um trecho selecionado por mim do e-mail enviado hoje para a lista yahoo alobairrodemetria pelo arquiteto Pôla (com sua autorização), morador do Condomínio Sta Rita.
Nele são feitas algumas considerações técnicas e é resgatado parte importante do histórico dos estudos e ações da Comissão "Nossos Caminhos":


...lembro também que, nos debates sobre este assunto em meados de 2008, foi definida a comissão "nossos caminhos"...
·... viu-se, então, que o revestimento do piso não era o principal problema, o principal é o desenvolvimento socioambiental do bairro.
na época se concluiu por criar mecanismos de controle socioambiental e urbanístico p/ o impacto do aumento de acessibilidade, seja mecânica ou humana, no bairro.
havia instrumentos técnicos e institucionais, os técnicos estão na proposta, os institucionais principais eram o estabelecimento da ama-demetria e a defesa do plano diretor completo do município, que nos qualificava como 'zona rurbana', diferenciada das demais da cidade porém similar a várias outras no mesma situação no município.
quem participou da discussão do plano diretor, no governo passado, sabe o quanto essa definição é importante p/ nós.

no nosso caso, são 4 os problemas principais:

1- a drenagem, pois se a mesma não for resolvida corretamente, quem sofre o 1o. impacto é a bacia do atiaia, pois é p/ lá que corre a maior parte das águas coletadas.
em seguida sofre a do aldeia.
por isso, também, o caminho de pedestres existente e ciclovia serão importantes, eles permitem 'aparar' essas águas.
2- o crescimento da ocupação física e a valorização imobiliária sem controle, c/ o conseqüente crescimento desordenado da área comercial no alvorada:
mais fácil a freqüência> mais fregueses> mais comércio, daí mais fregueses etc. etc..
3- a segurança seja física, ambiental ou patrimonial, pois acesso fácil e sem controle, como seria uma simples colocação de piso, funciona p/ todos, a qualquer hora e de qualquer jeito.
4- a qualidade da execução do piso, que, dadas as condições normais das prefeituras brasileiras, já conhecemos.
uma das funções da comissão era zelar tecnicamente pela qualidade da execução, fosse o revestimento que fosse.

todas estas condições se relacionam entre si; se não forem controladas essa relação ocorre da maneira que conhecemos, c/ os problemas que já vimos em outros lugares.
não é questão de opinião, são mecanismos 'de mercado' versus mecanismos 'de controle' socioambiental e urbanístico (experimentem definir 'mecanismos de mercado' - no Brasil...- e vejam o que sai).

as conseqüências nefastas dessa 'facilitação de acesso', se feita sem controles socioambientais claros, são comprováveis tecnicamente, hoje em dia, pelos estudos urbanísticos modernos.
não estamos na Europa ou EUA, não somos uma área de controle restrito como as da prefeitura, somos um bairro aberto, em desenvolvimento.
o que decidirmos hoje terá diversas conseqüências p/ nosso futuro próximo, a começar pela usual valorização imobiliária 'interessada', pois feita sem qualquer critério objetivo, como os usados na Europa e EUA.

esse último é o principal motivo porque, pessoalmente, acho o asfalto danoso p/ o bairro: ele é a 1a. característica que nos torna iguais aos demais bairros de condomínios 'rurbanos' que se deterioraram e que conhecemos, como a Granja Viana, Alphaville etc..

nossa diferença é que estamos em 2010, e temos outros mecanismos e conhecimentos de hoje.

todas as demais conseqüências já foram arroladas naqueles debates de 2008, por isso não me alongo nelas aqui.
mas sugiro recuperar os documentos e criar uma nova comissão, eram 3 pessoas então, houve a aprovação pelo bairro e o trabalho rendeu...

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