Educação Infantil
Por:Pilar Tetilla Manzano Borba*
Muitos jardins de infância que seguem os princípios da pedagogia Waldorf estão sendo cada vez mais procurados para receber crianças menores de três anos. Um dos motivos é o respeito e o cuidado como as crianças são acolhidas e educadas nestes jardins, outro motivo é a real necessidade das mães em trabalharem fora de casa.
Tempos atrás não se cogitava abrir berçário e maternal nas escolas Waldorf, pois o cuidado dos pequeninos era reservado ao lar, sob as saias da mãe, da avó, ou de uma babá confiável.
Quais seriam então os requisitos para acolher essa criança tão pequenina no aconchego da escola?
O estudo e a prática da pedagogia Waldorf, fundamentada na antroposofia, tem por princípio compreender as fases do desenvolvimento da criança e do adolescente e respeitar suas necessidades básicas visando promover uma saúde física, anímica, espiritual e moral desde a mais tenra idade.
Nos três primeiros anos a criança confia totalmente em nós, ela está aberta para o mundo, tudo que ocorre em seu ambiente é impresso em seu corpo e em sua alma sem nenhum filtro e sem nenhum impedimento. Quão sério é esse fenômeno! Isso requer de nós, educadores, uma constante auto-educação e um cuidado maior com o ambiente que a acolhe.
Conhecemos bem a história do menino que, criado na floresta no habitat dos lobos, acabou tornando-se um menino-lobo.
A criança nos primeiros anos de vida, age primeiro por reflexos e depois por imitação. Quantos adultos (indevidamente) se divertem fazendo-a repetir mil vezes o que acabou de aprender: um gesto, um som, uma palavra. Imitação pura. Ela ainda não tem consciência desse fato.
É grande nossa responsabilidade ao educar uma criança. Servimos de exemplo para todos os seus atos: a maneira como andamos, nos alimentamos, como falamos, como nos portamos, enfim, diante das situações do dia-a-dia, tudo é absorvido por ela.
A criança, em seu lar, desenvolve confiança ao ver seus pais ou substitutos todos os dias. E na escola? Conviverá todos os dias com o mesmo educador? No mesmo ambiente? Com os mesmos brinquedos? Na mesma rotina? Esses são fatores fundamentais em educação infantil e muito bem respeitados e cumpridos numa escola Waldorf, onde os educadores estão cientes de que é através do ritmo, da rotina, da repetição e da constância que se formarão os alicerces para a construção e o desenvolvimento da confiança, sentimento este tão em falta nos dias de hoje.
É através deste vínculo, desta confiança, formada entre o educador e educando, que será construída a base para uma vida saudável em todos os seus aspectos.
(*)Terapeuta Ocupacional
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde.
Orientadora em educação infantil e-mail: pilarborba@gmail.com
Por:Pilar Tetilla Manzano Borba*
Muitos jardins de infância que seguem os princípios da pedagogia Waldorf estão sendo cada vez mais procurados para receber crianças menores de três anos. Um dos motivos é o respeito e o cuidado como as crianças são acolhidas e educadas nestes jardins, outro motivo é a real necessidade das mães em trabalharem fora de casa.
Tempos atrás não se cogitava abrir berçário e maternal nas escolas Waldorf, pois o cuidado dos pequeninos era reservado ao lar, sob as saias da mãe, da avó, ou de uma babá confiável.
Quais seriam então os requisitos para acolher essa criança tão pequenina no aconchego da escola?
O estudo e a prática da pedagogia Waldorf, fundamentada na antroposofia, tem por princípio compreender as fases do desenvolvimento da criança e do adolescente e respeitar suas necessidades básicas visando promover uma saúde física, anímica, espiritual e moral desde a mais tenra idade.
Nos três primeiros anos a criança confia totalmente em nós, ela está aberta para o mundo, tudo que ocorre em seu ambiente é impresso em seu corpo e em sua alma sem nenhum filtro e sem nenhum impedimento. Quão sério é esse fenômeno! Isso requer de nós, educadores, uma constante auto-educação e um cuidado maior com o ambiente que a acolhe.
Conhecemos bem a história do menino que, criado na floresta no habitat dos lobos, acabou tornando-se um menino-lobo.
A criança nos primeiros anos de vida, age primeiro por reflexos e depois por imitação. Quantos adultos (indevidamente) se divertem fazendo-a repetir mil vezes o que acabou de aprender: um gesto, um som, uma palavra. Imitação pura. Ela ainda não tem consciência desse fato.
É grande nossa responsabilidade ao educar uma criança. Servimos de exemplo para todos os seus atos: a maneira como andamos, nos alimentamos, como falamos, como nos portamos, enfim, diante das situações do dia-a-dia, tudo é absorvido por ela.
A criança, em seu lar, desenvolve confiança ao ver seus pais ou substitutos todos os dias. E na escola? Conviverá todos os dias com o mesmo educador? No mesmo ambiente? Com os mesmos brinquedos? Na mesma rotina? Esses são fatores fundamentais em educação infantil e muito bem respeitados e cumpridos numa escola Waldorf, onde os educadores estão cientes de que é através do ritmo, da rotina, da repetição e da constância que se formarão os alicerces para a construção e o desenvolvimento da confiança, sentimento este tão em falta nos dias de hoje.
É através deste vínculo, desta confiança, formada entre o educador e educando, que será construída a base para uma vida saudável em todos os seus aspectos.
(*)Terapeuta Ocupacional
Pós-graduada em Antroposofia na Saúde.
Orientadora em educação infantil e-mail: pilarborba@gmail.com
(Foto do site da Escola Aitiara)
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