28 de setembro de 2010

Investigando as origens de um comportamento recorrente

No início da semana um pai da Escola Aitiara durante a Assembléia Geral, clamou pela enésima vez pelo bom senso dos moradores e também dos pais da cidade ao dirigirem em disparada pela estrada de terra que leva à escola.Nesse artigo abaixo há algumas pistas sobre a origem desse comportamento desrespeitoso e periculoso, que infelizmente ainda é corriqueiro no Bairro Demétria.

Abaixo alguns trechos de uma entrevista (clique para ler na íntegra)com o antropólogo Roberto Da Matta à Revista Trip desse mês, sobre as origens culturais do comportamento brasileiro no nosso trânsito:

"É doentio, desumano e vergonhoso notar que 40 mil pessoas morrem por ano no trânsito de um país que se acredita cordial, hospitaleiro e carnavalesco. No Brasil, você se sente superior ao pedestre porque tem um carro. Ou superior a outro motorista porque tem um carro mais moderno ou mais caro."
"O motorista não consegue entender que ele não é diferente de outro motorista ou pedestre, que ele não tem um salvo-conduto para transgredir as leis. No Brasil, obedecer à lei é visto como uma babaquice, um sintoma de inferioridade. Isso é herança de uma sociedade aristocrática e patrimonialista, em que não houve investimento sério no transporte coletivo e ainda impera o “Você sabe com quem está falando?”.
Você fez o diagnóstico dos nossos problemas no trânsito. Mas você também aponta soluções?
A solução é falar mais em igualdade, discuti-la, ensinar igualdade. Nosso lema sempre foi “os incomodados é que se mudem”. Precisamos mudar isso.

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